Sete motivos para escolher o balé como o seu exercício físico


Dança corrige a postura, previne dores nas costas e define os músculos

Difícil arranjar um exercício mais completo do que a natação – o exercício trabalha os músculos do corpo todo, exige melhora da respiração e estimula o condicionamento cardiovascular. Mas um estudo da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, conseguiu encontrar uma atividade ainda mais eficiente: o bale clássico. A equipe de pesquisadores comparou o desempenho de membros da famosa academia Royal Ballet com o de nadadores da seleção olímpica britânica. Os bailarinos apresentaram melhores resultados em sete de dez medidas de condicionamento físico analisadas, como equilíbrio psicológico, flexibilidade e equilíbrio corporal.

“A técnica é indicada tanto para crianças como para adultos por ser uma atividade física que trabalha todo o corpo, como poucas modalidades esportivas fazem”, afirma o ortopedista Marcelo Cavalheiro, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Conheça os benefícios que você pode esperar ao eleger o balé como a sua opção de exercício físico.

Respiração de atleta

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Dançar uma música clássica é calmo para quem assiste, mas quem dança escorre suor e precisa de um fôlego danado para terminar uma coreografia cheia de saltos, piruetas e outros passos difíceis. Por isso, faz parte das aulas aprender a respirar aproveitando o máximo possível da capacidade do diafragma: coloque a mão um pouco acima da sua cintura e procure inspirar pelo nariz, empurrando a mão para fora. Na hora de soltar o ar, contraia como se quisesse encostar uma mão na outra. “Essa respiração é um ótimo trabalho de todo o sistema cardiovascular e respiratório”, afirma Marcelo Cavalheiro.

Postura perfeita

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Dor nas costas causada pela má postura é um problema que dificilmente perturba bailarinos. “O balé clássico trabalha os principais grupos musculares responsáveis pela manutenção da postura, que são a musculatura abdominal, peitoral e das costas”, afirma a professora de balé Mariana Bastos, coordenadora pedagógica do Ballet Paula Castro, de São Paulo. “Os alunos são estimulados a manter a postura correta, com abdômen contraído, quadril ‘encaixado’ e coluna alinhada.” O ortopedista Marcelo também explica que esse alinhamento de todo o corpo faz com que garante um ótimo equilíbrio corporal. “O aluno consegue realizar as atividades do dia a dia com movimentos mais precisos, articulações protegidas e menor gasto de energia”, afirma.

Músculos trabalhados

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Engana-se quem acredita na aparência frágil dos bailarinos. “O balé promove hipertrofia, ou seja, aumenta e fortalece os músculos tanto quanto a musculação”, afirma o ortopedista Marcelo. Além de toda a musculatura responsável pela postura, Mariana Bastos afirma que a técnica estimula tantos os membros inferiores quanto superiores, por conta de exercícios de salto, sustentação em determinadas posições e força nos braços para carregar as bailarinas (nos casos dos homens).

Barriga chapada

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Bailarino com barriga saliente é algo raro de ser ver. Primeiro porque a postura correta é cobrada o tempo todo nas aulas, o que inclui encolher a barriga. Segundo, porque é uma atividade física como qualquer outra que proporciona queima de calorias. Para conseguir bons resultados, no entanto, é preciso fazer aulas regularmente, de duas a três vezes por semana, no mínimo.

Flexibilidade

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Segundo o ortopedista Marcelo, não adianta ser apenas forte ou ter músculos elásticos, é preciso ter equilíbrio muscular. “Nesse ponto, o balé pode ser melhor até que a musculação de academia, porque alonga e trabalha os músculos ao mesmo tempo”, afirma. Como resultado, os grupos musculares não ficam encurtados e há menor risco de lesões. “A flexibilidade é trabalhada em todos os exercícios de balé porque os movimentos precisam ser realizados com grande amplitude”, afirma a professora de balé Mariana.

Bem-estar e percepção corporal

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Por ser ao mesmo tempo uma atividade prazerosa – os movimentos acontecem de acordo com o compasso da música – e um exercício físico que libera endorfina, uma substância responsável pelo prazer, o balé proporciona muito bem-estar. “A técnica também ajuda a melhorar a autoestima e a percepção corporal, pois é preciso ter consciência de todas as partes do corpo para realizar os exercícios”, afirma Mariana Bastos.

Agilidade e coordenação motora

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Conforme o aluno consegue aprender e executar os exercícios básicos de balé, os passos vão ficando mais difíceis. “A complexidade dos movimentos aumenta em cada estágio, exigindo cada vez mais agilidade e coordenação motora”, comenta a professora de balé Mariana. Também é preciso dominar bem a técnica porque, por mais que os exercícios sejam difíceis de executar, o bailarino precisa realizar cada movimento de forma leve e sutil, sem mostrar o esforço que está fazendo. “A ideia que se transmite ao público é de uma arte delicada e elegante”, lembra Mariana.